A perseguição criminosa vem desestruturando gradativamente o sistema de saúde da cidade, que funciona como micro-região para atendimentos de até média complexidade, atendendo também as populações dos municípios de São Mateus, Alto Alegre, Peritoró, Capinzal e Timbiras. 

Uma das primeiras medidas do governo da senhora Roseana Sarney, foi fechar o hospital Regional do Estado, Alexandre Mamede Trovão, localizado no bairro Trizidela, que estava cedido à prefeitura de Coroatá, com 70 leitos, tinha acabado de ser reformado e fazia atendimentos materno-infantil, mais precisamente obstetrícia com pré-natais e partos e pediátricos.

Ali, o povo recebia atendimento em salas climatizadas, com equipamentos novos, as salas de cirurgias só eram usadas para os partos e com uma equipe de profissionais especializados. Desde 6 de dezembro de 2009, o hospital está fechado, supostamente para uma reforma da reforma que já tinha sido feita recentemente, ao custo de mais de R$ 3 milhões aos cofres públicos, e sem indicação que a obra tenha sido licitada.

Sem outra alternativa, a prefeitura teve que reconduzir os procedimentos para o HCC, hospital que fazia os outros atendimentos de clinica, cirurgia e emergência. A população perdeu em conforto, qualidade e pronto atendimento, sem falar dos riscos de contaminação por enfermidades diversas, num ambiente comum a todo tipo de atendimento. 

A ofensiva governamental para desestruturar o sistema de saúde da cidade continuou com o confisco de recursos federais e estadual para Coroatá. Todo mês o município estar sendo penalizado em menos R$ 642,000,00(seiscentos e quarenta e dois mil reais).Tal medida, gerou demissões de médicos, enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem e outros profissionais da saúde; além de desabastecimento de remédios e redução de atendimentos especializados.

O desmonte do sistema de saúde de Coroatá mostra como o governo da senhora Roseana Sarney tem sido impiedoso com o povo daquela região, mesmo depois que o suplente de deputado federal Washington Oliveira, levou o prefeito da cidade, o neo-petista Luís da Amovelar a se render ao ninho sarneysista e o ex-genro da governadora ser adotado como o candidato de Amovelar para deputado estadual nas eleições de 2010.

Assim, parece que mais uma vez o povo coroataense carente, que representa a maioria da população rebelde, terá que pagar caro por ter rejeitado nas urnas que a oligarquia voltasse ao poder na cidade, nas eleições municipais de 2008.

Desta trágica história, em que faltou uma reação digna e corajosa, que fique a lição para Washington e Amovelar: não adianta se vergar com afagos e gracejos diante da “rainha” Roseana Sarney, quem decide o que fazer e a hora de parar de castigar o povo coroataense e conterrâneos é o “rei” Ricardo Murad, que é o mandante da punição aos rebeldes.

Quanto aos lideres da rendição resta esperar e torcer muito para que o ego ferido do “rei” cicatrize logo e que ninguém morra neste período do surto por falta de um atendimento decente, pois o culpado não será só mandante, mas sim os que permanecem esperando a boa vontade dele, enquanto os necessitados ficam desassistidos pelo sistema de saúde de Coroatá. E quanto ao povo carente de Coroatá, que Deus os ajude e não os deixe adoecer enquanto durar a punição.

O caso de Coroatá é apenas mais um na história de perversidade, truculência e arrogância da oligarquia. 

Roseana e o PT, nada a ver!

* Marlon Botão é Relações Públicas e secretário de Formação do PT de São Luís